Em pronunciamento na Câmara Municipal, nesta quarta-feira (26), a vereadora Jô Oliveira (PCdoB) denunciou problemas na saúde da cidade e citou também as mortes de Danielle Morais e de seu filho, Davi Elô. "Ocupar a tribuna hoje, foi bem difícil e doído. Mais uma vez, eu fui à tribuna para falar sobre os graves problemas da saúde em Campina Grande, problemas esses que tiraram de nós Dani e Davi Elô. As pessoas da nossa cidade têm enfrentado uma realidade cruel: falta de medicamentos nos postos e hospitais, atendimentos precários, e, para muitas mulheres, a violência obstétrica é um trauma que nunca vai embora", afirmou a vereadora.
Em seguida, acvrescentou: "Enquanto eu falava, fui interrompida várias vezes pelos barulhos e vozes daqueles que deveriam estar ouvindo e nos ajudando a buscar uma saída para esse caos. Mas eu não me calei e nem vou me calar. Porque eu carrego comigo a voz de tantas mães, tantas mulheres que sofrem em filas e macas, que têm seus corpos desrespeitados em um dos momentos mais importantes de suas vidas".
Segundo ela, cada interrupção foi um lembrete de que, para algumas pessoas, o nosso sofrimento é apenas ruído. "Mas para nós, e para mim, ele é um grito que não pode ser silenciado. Precisamos de uma saúde que cuide das pessoas, que respeite os corpos das mulheres, que traga dignidade. Esse mandato é nosso e eu seguirei lutando, falando e denunciando até sermos ouvidas!", concluiu o pronunciamento Jô Oliveira.
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