O Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (GAECO), do Ministério Público estadual, apresentou à Justiça mais uma denúncia do caso Padre Zé - que apura desvios que chegariam a R$ 140 milhões no Hospital Padre Zé e outras instituições ligadas à unidade na gestão anterior.
A denúncia relata um suposto 'esquema' de pagamento de propina, classificado como "devoluções", por parte de empresas que forneciam produtos para as instituições e eram contratadas para fornecer itens para o hospital e refeições para o Programa Prato Cheio.
Ainda conforme o MP, o gestor dos contratos e também os dois secretários teriam recebido propina por parte de dirigentes do Padre Zé.
A denúncia é de organização criminosa, mas o MP ressalta que "a denúncia abrange a unicamente imputação do crime de Organização Criminosa, tipificado no art. 2º da Lei nº 12.850/13. Esta acusação representa apenas parte de um esquema complexo e multifacetado, sendo os demais delitos perpetrados pela estrutura ora desvelada objetos outras ações penais, as quais são responsáveis por revelar a verdadeira extensão das atividades ilícitas em questão".
O Gaeco relata alguns episódios de supostas entregas de R$ 50 mil a Tibério Limeira e R$ 70 mil a Pollyanna Dutra.
O Blog contatou as defesas dos denunciados. A secretária de Desenvolvimento Humano do Estado, Pollyanna Dutra, afirmou que nota que ainda não foi notificada sobre a denúncia.
"Ressalta-se que a conduta da Secretária Pollyanna Werton sempre foi retilínea, inexistindo qualquer mácula durante toda sua vida pública. Caso se confirme a existência de tal denúncia, será comprovada a ausência de participação da secretária em qualquer suposto ilícito", diz a nota.
Também através de nota, o secretário de Administração do Estado, Tibério Limeira, afirmou que, apesar de sempre ter se colocado à disposição do Ministério Público para contribuir com as investigações, jamais foi chamado para prestar qualquer tipo de esclarecimentos.
"A denúncia contra mim apresentada está montada em supostos documentos que não guardam a menor confiança, visto que não passam de manuscritos sem qualquer validade legal. Mantenho minha tranquilidade e confiança de que a justiça prevalecerá, trazendo à luz a verdade e reafirmando minha trajetória pautada pela ética e pela responsabilidade pública", pontua o texto.
Já o advogado Luciano Santoro, que representa o padre Egídio de Carvalho, afirmou que ainda não teve acesso à denúncia, mas afirmou que deve se tratar de mais uma acusação "desprovida do mínimo de suporte probatório".
Veja a lista dos denúnciados
EGIDIO DE CARVALHO NETO
JANNYNE DANTAS MIRANDA E SILVA
AMANDA DUARTE SILVA DANTAS
ANDREA RIBEIRO WANDERLEY
CARLOS TIBÉRIO LIMEIRA SANTOS FERNANDES
YASNAIA POLLYANNA WERTON DUTRA
IURIKEL SOUZA MARQUES DE AGUIAR
KILDENN TADEU MORAIS DE LUCENA
SEBASTIAO NUNES DE LUCENA
SEBASTIAO NUNES DE LUCENA JUNIOR
MARIANA INES DE LUCENA MAMEDE
MARIA CASSILVA DA SILVA
JOSÉ LUCENA DA SILVA
JOÃO FERREIRA DE OLIVEIRA NETO
FILLYPE AUGUSTO LIMA BEZERRIL
JOÃO DIOGENES DE ANDRADE HOLANDA
Veja a lista dos denúnciados
EGIDIO DE CARVALHO NETO
JANNYNE DANTAS MIRANDA E SILVA
AMANDA DUARTE SILVA DANTAS
ANDREA RIBEIRO WANDERLEY
CARLOS TIBÉRIO LIMEIRA SANTOS FERNANDES
YASNAIA POLLYANNA WERTON DUTRA
IURIKEL SOUZA MARQUES DE AGUIAR
KILDENN TADEU MORAIS DE LUCENA
SEBASTIAO NUNES DE LUCENA
SEBASTIAO NUNES DE LUCENA JUNIOR
MARIANA INES DE LUCENA MAMEDE
MARIA CASSILVA DA SILVA
JOSÉ LUCENA DA SILVA
JOÃO FERREIRA DE OLIVEIRA NETO
FILLYPE AUGUSTO LIMA BEZERRIL
JOÃO DIOGENES DE ANDRADE HOLANDA
Fonte - BLOG PLENO PODER \ JORNAL DA PARAIBA
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