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A arte de registrar a vida: A importância dos cartórios extrajudiciais no Brasil

Encenada a peça teatral "Atos e Poesias - A história dos cartórios no Brasil escrita com fé de ofício", de autoria do juiz corregedor da Paraíba. Antônio Carneiro de Paiva Júnior

01/07/2024 às 09h26
Por: Redação
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 A arte de registrar a vida: A importância dos cartórios extrajudiciais no Brasil

Eles desempenham um papel fundamental na vida de todos os brasileiros, registrando e oficializando atos que vão do nascimento à morte, passando por momentos cruciais como casamentos, compras de imóveis e testamentos.

"A arte é a expressão mais pura da alma humana, permeando todos os setores da vida e oferecendo alívio e salvação em momentos de adversidade." Essa emblemática frase reflete uma iniciativa que uniu a arte e a atividade notarial de uma maneira inusitada e emocionante: a peça teatral "Atos e Poesias - A história dos cartórios no Brasil escrita com fé de ofício", de autoria do juiz corregedor da Paraíba. Antônio Carneiro de Paiva Júnior.

Múltiplas importâncias

Encenada quarta-feira à noite no Teatro Paulo Pontes do Espaço Cultural, em João Pessoa, atraiu um grande número de espectadores e trouxe à tona com leveza poética a relevância e um pouco mais da atividade extrajudicial, que desde os primórdios da República proporciona segurança jurídica aos cidadãos, numa prestação de serviços que desafoga o Poder Judiciário e agiliza a efetividade na tutela de direitos fundamentais.

Uma das personalidades que prestigiou a peça nas primeiras filas foi o diretor-geral da Associação dos Notários e Registradores do Brasil e diretor 1º tesoureiro da Anoreg-PB, Germano Toscano de Brito, que expressou a admiração com o que assistiu.

"Eu não tenho notícias nesses quase 50 anos que sou titular de cartório, de que alguém, principalmente um magistrado, tenha escrito uma peça tratando da história dos cartórios extrajudiciais no Brasil. Para mim, é uma coisa muito boa, repercute, sem sombra de dúvida, junto ao nosso meio," afirmou.

Ele destacou ainda que a peça preserva a história dos cartórios, trazendo à tona reminiscências que se entrelaçam com a história do povo brasileiro, desde as ordenações manuelinas trazidas de Portugal até os dias atuais.

História secular

Germano Toscano concluiu, enfatizando a importância dessa preservação histórica, cuja raiz tem muito a ver com a história do nosso povo brasileiro:  “Porque o nosso povo começou dentro das regras, das ordenações manuelinas e trazidas de Portugal para cá, e sabemos que Caminha foi o nosso primeiro tabelião, foi designado pelo Rei para escrever cartas a respeito da Nova Terra e aqui ele se instalou como sendo o Escriba do Rei, o Tabelião do Rei, então a partir daí até hoje nós já fizemos uma história em 500 anos, e estamos aqui para exatamente ver essa realidade e aplaudir”, concluiu, enfatizando.

Fonte de inspiração

Por sua vez, o autor Antônio Carneiro atribuiu a inspiração à excelência dos serviços prestados pelos cartórios, que dão um show em se tratando de extrajudicial e em se tratando do sistema notarial e registral: “É um serviço de excelência, moderno e eficaz, que a sociedade espera e pouco se conhece e nesse contexto foi escrita de forma leve e bem-humorada, com o objetivo de mostrar às pessoas os momentos da vida que se passam dentro das serventias extrajudiciais, desde a concepção até a sucessão”, declarou, antecipando a partir dessa, outras encenações ocorrerão a partir da cidade de Campina Grande.

Ele agradeceu o apoio da Corregedoria Geral de Justiça, em parceria com a Anoreg-PB, Arpen--PB e a outras entidades representativas à iniciativa que contou com direção Erivan Lima, que também está no elenco ao lado de Anna Raquel Apolinário, Leonardo Santiago, Ana Tavares, Ademilton Barros e Isabella Cavalvante.

Pablo Picasso

A arte, como bem disse o pintor, poeta e dramaturgo espanhol, “lava da alma a poeira do dia a dia". E, ao trazer a história dos cartórios para o palco, a peça celebra a importância desses serviços e também ilumina a conexão profunda entre a arte e a vida cotidiana, num testemunho de como a arte pode ser um veículo poderoso para preservar e divulgar a história, aproximando as pessoas de instituições que, embora essenciais, muitas vezes passam despercebidas.

Por Cândido Nóbrega

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